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2 abr 2024
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Atualizado: 2 abr 2024
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Depois de vender a Órama para o BTG por R$ 500 milhões no fim do ano passado, parte dos sócios da empresa de investimentos decidiu apostar em um novo segmento, o de investment as a service (IaaS). Por meio da plataforma Nikos, os sócios Selmo Nissenbaum, Habib Nascif e Roberto Rocha querem oferecer produtos de investimento a empresas parceiras, como varejistas e marketplaces, por exemplo, que já possuem uma ampla base de clientes.
Em entrevista ao Startups, Habib Nascif, ex-CEO da Órama e atual CEO da Nikos, contou que o IaaS marca o início da segunda onda de democratização dos investimentos no país. "A Órama, junto com outros players, ajudou a inaugurar a primeira onda, a partir de 2011. Mas percebemos que chegou num ponto, seja pelo ticket médio, seja pela educação financeira, desconhecimento, poder de penetração, que a democratização não chegou em todos os brasileiros e em todos os cantos do Brasil", explica.
Com o IaaS, a ideia é atingir um público ainda não habituado a investir, mas que já se relaciona com grandes empresas. É o caso do Mercado Pago, primeiro cliente da Nikos, que por meio da parceria começou a oferecer três tipos de fundos de investimentos para os seus clientes: Nikos Mercado Pago Segurança (para perfis conservadores); Nikos Mercado Pago Balanceado (perfil moderado); e Nikos Mercado Pago Potencial (arrojado). Além desses produtos, a Nikos também distribui Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) de instituições parceiras.
"Quando a gente faz parceria com outra empresa que tem uma penetração de mercado grande, consegue endereçar questões que antes eram uma barreira para essa segunda onda de democratização dos investimentos. Hoje, grande parte dos clientes do IaaS nunca investiram na vida. Nossa ideia realmente é atingir todos os brasileiros, independentemente do ticket médio, com um produto muito bom, que serviria para family office, mas que chegue também ao investidor de R$ 100 ou R$ 1 mil", aponta Habib.
Ao contrário das empresas de investimentos, como a Órama, a Nikos não oferece o serviço de corretor. Ou seja, o cliente final não tem acesso à consultoria de um profissional especializado em investimentos. Segundo Habib, o objetivo é oferecer produtos simples e acessíveis, com processos mais intuitivos, para que mesmo o cliente menos habituado a esse universo consiga fazer escolhas por meio do que ele chama de "autoatendimento".
Para isso, a empresa pretende focar cada vez mais em tecnologia, com uso, inclusive, de inteligência artificial para auxiliar o investidor nesse processo. Os produtos que serão oferecidos na plataforma também serão customizados de acordo com a necessidade da empresa parceira, tendo em vista as preferências dos clientes finais.
Com a venda da operação de plataforma de investimentos para o BTG, a Nikos passa a se configurar como uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) e também atua como gestora, para formatar produtos por conta própria. O foco, segundo Habib, será em clientes do varejo. Com isso, a empresa poderá oferecer aos parceiros desde fundos de investimento, até aplicações de renda fixa, ações, debêntures, entre outros.
"Quando vendemos a operação para o BTG, essa parte do investment as a service não fez parte do deal, nem a gestora. A Órama oferecida o serviço de white label, em que os gestores usavam a plataforma da Órama, com as cores e logo do parceiro, mas não dava para customizar muita coisa. Quando chegamos nos marketplaces e varejistas, por exemplo, são empresas que queriam ter mais liberdade para criação tecnológica. Então quebramos tudo em APIs (Application Programming Interface) e desenvolvemos esse ferramental", explica o CEO da Nikos.
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